A história do brigadeiro
Navegando por outros blogs, li neste (http://kikapscookies.blogspot.com), o que copio abaixo: a história do brigadeiro! Verdadeira ou falsa, achei bem interessante! O duro é que me deu uma vontade de comer brigadeiro....
Acusa-se
o leite condensado de padronizar o sabor de antigos doces brasileiros,
sobrecarregando-os de açúcar, comprometendo sua delicadeza e ajudando a
destruir a diversidade do paladar nacional. A crítica faz sentido.
Fascinados pela sua cremosidade, homogeneidade e concentração de
sacarose que chega a doer na garganta, adquirimos o hábito de despejá-lo
em tudo. Só porque o consideramos gostoso, achamo-nos no direito de
modificar ícones centenários, como o pudim de leite e a sericaia de
Elvas, ambos nascidos nos conventos portugueses dos tempos coloniais.
Entretanto,
sem o leite condensado, que chegou da Suíça no início do século XX com o
nome de Leite Moça, não haveria brigadeiro, o docinho mais amado do
Brasil. Favorito das crianças, converteu-se na estrela das suas festas.
As
informações sobre onde e quando o brigadeiro foi inventado se mostram
imprecisas. Quanto à autoria, parece ter sido coletiva. Afinal, nada
mais elementar ou intuitivo do que combinar seus ingredientes: leite
condensado, chocolate e manteiga. Inicialmente, chamava-se negrinho, em
alusão à massa escura. Até hoje os gaúchos o denominam assim.
A voz do povo informa que virou brigadeiro em 1945, quando
Eduardo Gomes disputou com Eurico Gaspar Dutra a presidência da
República, sendo derrotado nas urnas. Brigadeiro da Aeronáutica, ele
ajudara a escrever um capítulo da história do Brasil. Foi um dos líderes
do Tenentismo, movimento político emergido entre oficiais jovens das
Forças Armadas, celebrizado pela rebelião militar de 1922. No dia 5 de
julho, um grupo formado por três oficiais, quinze praças e um civil que
se juntou no trajeto, saiu do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, e
enfrentou a tropa governamental fortemente armada. O combate durou 30
minutos. O futuro Brigadeiro sofreu um tiro de fuzil e caiu gravemente
ferido.
Eduardo Gomes
ainda fundou o Correio Aéreo Nacional e se converteu em patrono da
Força Aérea Brasileira. Em 1950, voltou a disputar a presidência,
perdendo para Getúlio Vargas. 'Vote no Brigadeiro, que é bonito e é
solteiro', dizia o slogan eleitoral, que não lhe rendeu os votos
necessários, mas fascinou as mulheres. Dutra era homem feio e Getúlio
nunca constituiu padrão de beleza.
Duas
versões explicam o nome do docinho difundido nacionalmente a partir dos
anos 50. A primeira conta que mulheres do Rio de Janeiro, engajadas na
campanha de Eduardo Gomes, preparavam negrinhos em casa e os vendiam na
rua com o nome de brigadeiro, destinando o dinheiro ao fundo de
campanha. A outra, espalhada pelos adversários do candidato, é difícil
contar sem incorrer em vulgaridade. Mas, como circula no país,
precisamos registrá-la. O tiro desferido em Eduardo Gomes na rebelião do
Forte de Copacabana haveria atingido os testículos. Ora, a receita do
docinho brigadeiro não utiliza ovos. Assim, o nome teria conotação
maldosa.
Apesar de
batizada no Rio de Janeiro, a receita provavelmente se originou em São
Paulo na década de 20 ou 30. A dedução se baseia em uma evidência.
Quando o docinho surgiu, seus ingredientes básicos eram elaborados no
Estado. Em 1921, a Nestlé abriu em Araras, a 171 quilômetros da capital
paulista, a fábrica número um no Brasil e logo passou a elaborar o
pioneiro Leite Moça. O produto representa até hoje o maior volume de
vendas entre os mais de mil itens que industrializa no país. Ainda em
1921, começou a funcionar no bairro da Mooca, em São Paulo, uma
prestigiada indústria de chocolates. Chamava-se Gardano. Fabricava um
chocolate em pó de qualidade e prestígio, conhecido entre os
consumidores como 'chocolate dos padres', por reproduzir na embalagem
uma tela do pintor toscano Alessandro Sani, do século XIX, na qual dois
sorridentes monges católicos aparecem diante de uma panela e de um
prato. Também fabricava o Mentex. Foi incorporada pela Nestlé em 1957,
mas os monges permaneceram na embalagem. Até hoje ilustram o Chocolate
em Pó Solúvel Nestlé, com a pintura original de Sani transformada em
desenho.
Coincidentemente,
as antigas receitas de brigadeiro recomendam 'chocolate dos padres' e
Leite Moça. A elaboração do brigadeiro, embora simples, pressupõe o
domínio de certos truques. 'Pode-se deixar a massa cozinhar menos ou
mais tempo', ensina o pâtissier Flávio Federico, de São Paulo. 'No
primeiro caso, haverá um docinho de textura macia; no outro, ele ficará
meio puxa-puxa e grudará nos dentes'. Existe um terceiro segredo. 'Caso
seja preparado em fogo muito alto e houver um movimento não uniforme da
espátula ou colher na panela, o açúcar do leite condensado caramelizará e
formará pequenas bolinhas crocantes na massa', acrescenta Flávio
Federico.
E aí? Gostaram??? Se tiver ficado com vontade é só entrar em contato comigo!
Bom final de samana para todos!
Bjs
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